Muitas pessoas têm medo de serem presas por não conseguirem pagar suas dívidas. Essa preocupação é compreensível, principalmente em tempos de crise financeira. No entanto, é essencial compreender o que diz a lei brasileira. Afinal, será que alguém pode ir para a cadeia por dever? A resposta é simples: não, com raríssimas exceções.
Dívida não é crime, é uma questão civil
O Código de Defesa do Consumidor (CDC) e o Código Civil são claros: o não pagamento de uma dívida não configura crime. Ou seja, ninguém vai preso por dever. Quando uma pessoa deixa de pagar, ela assume uma responsabilidade civil, e não penal. Isso significa que o credor pode cobrar judicialmente, pedir a penhora de bens ou negativar o CPF no SPC e no Serasa, mas nunca pedir a prisão do devedor.
Além disso, vale destacar que o objetivo da lei é equilibrar a relação entre credor e consumidor, garantindo meios legais de cobrança sem ferir direitos fundamentais. Por isso, dívidas bancárias, de cartão de crédito ou de empréstimos nunca resultam em prisão.
As únicas exceções previstas na lei
Mesmo assim, existem duas situações específicas em que o não pagamento pode levar à prisão. Ambas estão previstas na Constituição Federal e no Código de Processo Civil:
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Pensão alimentícia: quem deixa de pagar pensão alimentícia pode ser preso por até três meses, conforme o artigo 528 do CPC. Nesse caso, a dívida está relacionada à subsistência de outra pessoa, o que a torna uma obrigação especial.
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Devedor de depósito judicial: ocorre quando o responsável por guardar um bem, por ordem judicial, se recusa a devolvê-lo.
Fora dessas hipóteses, nenhuma dívida comum gera prisão, mesmo que o atraso seja longo ou o valor alto.
O que realmente acontece com quem atrasa o pagamento
Quem atrasa o pagamento de uma dívida enfrenta consequências financeiras e jurídicas, mas nunca criminais. Entre os efeitos mais comuns estão:
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Inclusão do nome nos cadastros de inadimplentes, como SPC e Serasa;
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Cobranças por telefone, e-mail ou judicialmente;
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Acréscimo de juros e multas;
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Dificuldade em obter novos créditos ou financiamentos.
Essas medidas fazem parte dos mecanismos legais de cobrança. Elas servem para pressionar o devedor a regularizar sua situação, sem violar sua liberdade.
Consulta SPC – Verifique se seu nome está limpo
Antes de negociar qualquer dívida, é fundamental verificar se o nome está negativado. Muitas pessoas nem sabem que possuem restrições antigas ou indevidas. Por isso, fazer uma consulta SPC é o primeiro passo.
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Em poucos minutos, você descobre se há registros no SPC, Serasa ou outros bancos de dados, visualiza dívidas abertas e entende o histórico financeiro. O processo é seguro, rápido e 100% online. Assim, você toma decisões conscientes e planeja seu recomeço financeiro com tranquilidade.
Como evitar novos problemas com dívidas
Evitar dívidas é possível quando há planejamento e informação. Portanto, adote alguns hábitos simples:
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Negocie diretamente com o credor. Muitos oferecem descontos expressivos e parcelamentos flexíveis;
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Monitore seu CPF regularmente, evitando surpresas desagradáveis;
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Organize um orçamento mensal realista, priorizando o que é essencial e evitando gastos supérfluos.
Com essas atitudes, você mantém sua vida financeira sob controle e evita que o nome volte a ser negativado.
Conclusão
O atraso no pagamento de dívidas não leva à prisão, mas pode causar restrições de crédito e dificuldades financeiras. Saber a diferença entre dívida civil e crime é essencial para agir com segurança.


